quarta-feira, 1 de julho de 2009

Largue o livro no meio...

Dias atrás lembrei daquela que talvez seja a coisa mais útil que o Coquinho me ensinou em geologia estrutural. Ele disse que costumava ler os livros até o final, mesmo que fossem ruins, mesmo que não gostasse. Mas que um dia se deu conta do tempo gasto na leitura de um livro. "Então, não percam tempo com um livro que não estão gostando; livros tomam um tempo imenso das nossas vidas; larguem esse no meio mesmo e escolham outro". E eis que alguém vira e me diz: "Desconfio que isso sirva para outras coisas...". Claro que serve. Não gaste tempo com o livro que não é bom, não gaste tempo com o emprego que não te acrescenta mais nada (principalmente se ele mal acrescenta dinheiro na sua conta!), não gaste seu tempo com pessoas que já não criam em você a vontade de estar sempre junto. Não gaste seu tempo em sites de fofoca, não gaste seu tempo tentando entender pessoas confusas... Gaste seu tempo com bons livros, com bons filmes, com pessoas legais e interessantes. Gaste seu tempo estudando no que você gosta, gaste seu tempo em um emprego que te provoque a vontade de levantar da cama e ir trabalhar. Gaste seu tempo brincando com seu cachorro e beijando na boca de quem você gosta. Concordo que nada disso é fácil (nem mesmo largar um livro no meio!), mas pior ainda é ver a vida passar (e com ela inumeras oportunidades) enquanto você está lendo um livro mais ou menos, no seu emprego mais ou menos, vivendo uma relação mais ou menos.
Permita-se largar o livro no meio.

2 comentários:

  1. Pois é, hoje fazem dois meses do início do fim... (lembra aquela mensagem maluca no meio da noite? pois eh)
    E parece que resolvi "largar o livro no meio"...
    É claro que eu penso, mas e se justamente na próxima página fosse começar a ficar interessante?
    Não! A verdade é que um bom livro já deve começar bom, nos envolvendo, instigando, nos encorajando a ler até o fim. Se ele não desperta essas sensações logo no início, ou pelo menos na metade, dificilmente despertará ao final...

    Eh, acho que joguei a toalha...
    Juro que não foi por fraqueza, não foi mesmo, foi por perceber que por mais que eu tentasse, lutasse, fizesse o que fizesse esse livro não teria mesmo um "felizes para sempre" no final...

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  2. Tu tem toda razão, Késia...
    Se não envolve de começo, difícil que vá nos envolver no meio ou no final.
    Tentar ler mais algumas páginas é bom, não dá pra desistir sem tentar, dá muito arrependimento depois. Só não dá pra insistir demais.

    Eu também joguei a toalha. Já até escondi o livro, "longe dos olhos, longe do coração".

    Não vamos perder (muito) tempo com um livro que não é bom!

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