quinta-feira, 18 de março de 2010

Tuca

Dia 20 de março vai fazer um ano que a casa ficou mais vazia e menos alegre. Que falta que faz a minha bolota correndo pela casa! Sinto falta até do cheiro da minha flor, que as vezes tava mais pra catinga que pra perfume, mas deixa pra lá... E quando eu acordava de manhã, que ao puxar as cobertas a preta pulava na cama dela e ia pra porta do quarto: as vezes era xixi, as vezes era saudade da mãe e lá ia ela zanzar pela casa! Mas bom mesmo era chegar de madrugada em casa: ela nem levantava, ficava se abanando toda deitada na cama, cheia de preguiça, e dava pra fazer gato e sapato dela e ela adorava! Só não dava é pra tirar ela debaixo das cobertas no inverno quando ela não tava a fim: rosnado certo! O jeitinho que ela ficava na janela esperando a gente chegar, ou que ficava olhando quando a gente dormia: até hoje acordo com a sensação de que ela vai estar ali, me olhando com aquela cara sapeca pedindo carinho! Quem sabe não está mesmo?
Mas o meu anjo era travesso! Se suspeitasse do banho, já era, ninguem mais pegava. Não mantendo todos os dedos na mão. As vezes aparecia com a fuça cheia de terra: a horta do pai foi o alvo. A minha gorda esganada não podia ver ninguem comendo que ela queria, até chá de boldo ela curtia! Era o sonho de toda mãe: comia fruta, verdura, carne... limpava o prato! E aí, claro, acabava ganhando a sobremesa! Antes de entrar de dieta ganhava o pote do sorvete pra lamber as vezes: enfiava a cabeça e saía com as orelhas cheias de sorvete! E feliz!
É, minha flor foi feliz e nos fez feliz. E me deu beijinhos de esquimó! E cuidava de mim quando eu tava doente!
Preta: continua cuidando da mana, e seja feliz no céu dos cachorros, e que aí tenha churrasco e chocolate todo dia! Amo-te! E sei que a Josi, o mano, a mãe e o pai assinam embaixo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário